
16 out Desafios da Liderança Feminina em gestão de equipes de alto desemprenho
Por: Ludmyla Rocha – Jornalismo UniSantos
Com uma trajetória profissional impressionante, a diretora geral da CEBI Group, uma multinacional de origem europeia e fornecedora de componentes para 95% dos fabricantes de carros no mundo, Alexandra Motta, falou sobre os desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, nesta terça-feira (16), no Enegep 2019. Como se intitula uma mulher de fé, verdadeira e que confia nas pessoas e em seus potenciais, ressaltou que a resiliência é o que a faz seguir diante das dificuldades.
Alexandra disse que se norteia sempre pela esperança de que as coisas vão ser melhores a cada dia. Adora lidar com gente e a escolha da Engenharia de Produção se dá ao fato de lidar com pessoas, gestão de conflitos e de aprimoramento contínuo. Ela explicou que a base de tudo é a confiança, que não se constroem nada e nenhum tipo de relacionamento se não se estabelecer uma relação de confiança com o entorno.
Paulistana, corintiana por amor ao marido, mãe de duas meninas, uma de 13 anos e outra de 3 anos, ela fala da dificuldade que foi para conciliar trabalho e família, mas afirmou que é possível quando se ama o que faz. Ela ressaltou que a sua experiência em diversas áreas é uma característica da Engenharia de Produção, pois o curso traz uma visão muito abrangente de negócios, podendo se encaixar em todos os segmentos. Sempre trabalhando na área automotiva, por algumas vezes pensou em sair da profissão, mas realmente viu que não consegue parar.
A diretora contou que para uma equipe ser excelente tem de haver confiança, pois com isso se ganha respeito, empatia, feedback, delegação e reconhecimento. Citando o filósofo Aristóteles, ela afirmou que “ O todo é maior que a soma de suas partes”. As pessoas se sentindo seguras em seu local de trabalho têm estímulos importantes para alavancar todo seu potencial.
A discriminação ainda é bastante no mundo feminino 48% das mulheres ingressam no mercado de trabalho, mas apenas 23% delas alcançam cargos de liderança e 30% delas acabam deixando os estudo e trabalho para cuidar da família.
Por fim, ela contou o que deve ser feito para ter uma trajetória de sucesso. “Protagonizem suas histórias, tenham voz ativa nos processos de tomada decisão no trabalho e em casa, façam o que amam, tendo humildade, sem pressa, com coragem e acreditando nas pessoas. Eu gosto da diversidade e por isso quero produzir para todos”, finalizou.