18 out Profissionais destacaram qualidades femininas que contribuem na atuação profissional
Por: Daiene Dias – Jornalismo UniSantos
Mesmo com diversidade no mercado de trabalho, mulheres ainda esbarram em alguns obstáculos durante a trajetória profissional. Como forma de adquirir conhecimento com quem tem experiência, além de ouvir conselhos sobre como driblar adversidades da carreira, o Enegep 2019 promoveu na quarta-feira (16), o painel de discussões “Mulheres na Engenharia de Produção”, com as engenheiras Alexandra Motta, da Cebi Group; Débora Mendonça Rodrigues, da Embraer; Ana Shimufoda, co-fundadora na bfuture. A mediação foi feita pela engenheira e doutora Lucila Campos, docente na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Engajamento e senso de coletividade foram algumas das qualidades que a engenheira Alexandra Mota destacou sobre o público feminino. “A mulher é muito aberta a ouvir, estimular a participação e resolver conflitos”, ressaltou.
A engenheira Débora Souza acredita que mulheres costumam tomar decisões rápidas o tempo inteiro, seja em casa, com os filhos, ou no trabalho, e que isso acaba se tornando diferencial.
“Temos que ser boas em tudo, não nos permitimos ser ruins em nenhum papel que desempenhamos”, destacou a engenheira Ana Shimofusa. Ela explicou que em sua trajetória aprendeu que independente do gênero é preciso se conectar com as pessoas. Isso contribui para o crescimento na carreira profissional.
Lucila Maria Campos, mediadora do evento, trouxe dados sobre o número de mulheres que ingressam na área prática ou acadêmica da engenharia de produção, e que mesmo com muita diversidade no mercado, ainda é um número pequeno. A profissional aconselhou estudantes a incentivar outras jovens que estejam no ensino médio ou fundamental de que vale a pena entrar na ciência, engenharia, matemática ou química. “Precisamos que essas características de sensibidade e sexto sentido sejam levados também para a área tecnológica, principalmente pelos desafios que iremos enfrentar nos próximos anos”.